Recebo muitas perguntas de mamães em dúvida sobre o peso dos seus filhos. A obesidade infantil é um medo gigante, e que pode ser evitada com uma mudança alimentar.
Antes um problema comum aos americanos, a obesidade infantil ela vem ganhando cada vez mais campo também no Brasil.
Por exemplo, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, apontam um total de 124 milhões de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo.
No Brasil, 9,4% das meninas e 12,4% dos meninos são considerados obesos, de acordo com os critérios adotados pela OMS para classificar a obesidade infantil.
Essa é uma preocupação séria, e que só conseguiremos reverter com mudanças nos hábitos alimentares não só das crianças, mas das famílias.
Avaliação familiar
O primeiro passo para fazer uma mudança alimentar nas crianças, é por meio das famílias. Um ponto importante que merece a reflexão é que a criança é fruto do meio em que vive.
Por exemplo, o que os pais estão comendo? É saudável? É um bom exemplo para as crianças?
Afinal, como fazer uma mudança alimentar nos pequenos, se o exemplo que você dá não é bom? Ao ver você se alimentando mal, a criança tomará isso como referência, de que isso seja o correto. E não é!
Papai e mamãe também às vezes estão com excesso de adiposidade. E dessa forma, também é recomendado que busquem auxílio de um nutricionista para um acompanhamento nutricional.
Quando a família se torna mais saudável, automaticamente a criança também se torna. Dessa forma fica mais difícil ela sofrer de obesidade infantil.
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Como colocar em prática
Feita a mudança familiar em busca de uma alimentação mais saudável, algumas regrinhas podem ser estipuladas.
Por exemplo, banir guloseimas e outros alimentos altamente açucarados de casa. Ir e também levar seu filho à feira, para ele conhecer melhor as frutas e verduras, e dizer quais gosta ou gostaria de experimentar.
Chame também seu filho para cozinhar. Para ele conhecer como são preparados os alimentos e com isso, também despertar seu interesse por novos sabores.
Explique para ele sobre a importância de se comer bem, que não é apenas para ficar magrinho. Ao contrário, é para deixar nosso corpo forte e saudável.
Jamais subestime a capacidade de inteligência das crianças. Elas possuem uma capacidade incrível desde quando são muito pequenininhos de absorver aquilo que ensinamos.
Por isso use sempre palavras positivas e trabalhe também a conscientização de toda a família de comer sempre alimentos saudáveis.
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Hora certa para guloseimas
Outro ponto importante é criar regras para o consumo de guloseimas. Por exemplo, quando vão a um aniversário, é claro que a criança vai querer comer e provar tudo.
E não há nada de errado nisso, claro que desde que ele não queira comer a festa inteira, né?
Porém, é preciso deixar sempre claro que o consumo de guloseimas deve ser feito em dias pré-determinados, e não sempre que a criança quiser.
Pode ser só no final de semana, uma vez por mês quando forem ao parque, não importa. O importante é deixar claro que ele poderá comer algumas besteirinhas, mas apenas na hora certa.
Devemos dar a informação certa
Outro ponto que devemos mostrar às crianças é que não somos escravos da alimentação. E também não há mal algum sair uma vez por semana e ir a um restaurante comer aquilo que gostamos.
Mas devemos mostrar que a alimentação vem para complementar nossa rotina e que podemos também comer de vez em quando alimentos que nos alegrem, que são muito gostosos.
Só que não podemos transformar isso na nossa rotina. Pois, se isso acontecer, passaremos a ter uma série de problemas de saúde e também nos tornarmos obesos.
Ofereça comidas saudáveis
Outro ponto que preciso repetir é que nenhuma criança fica bom obesidade infantil se estiver se alimentando bem. Arroz, feijão, uma proteína, salada, isso não vai deixá-la obesa.
Quando ela fica gordinha é porque está comendo alimentos ruins no seu dia a dia. Quem come comida de verdade, corre, brinca, não fica acima do peso.
Quando recebo uma criança com obesidade, vejo que existem componentes que não deveriam existir. É aquela pizza na quinta, o hambúrguer na sexta. A comida japonesa em excesso no sábado. É o macarrão, o pacote de biscoito disponível a todo momento para a criança.
São vários os motivos, e que se repetem toda vez que vejo uma criança obesa. Mas quando ajustamos aquilo que a criança come, temos um resultado muito rápido.
Ou seja, seu filho não precisa fazer uma dieta restritiva em calorias. Ele precisa fazer uma dieta baseada na qualidade daquilo que come.
A partir daí, faremos outros ajustes para que ele chegue ao seu peso ideal, de acordo com sua idade e sua altura.
Espero que tenha gostado do artigo sobre obesidade infantil, e como dar os primeiros passos para uma mudança alimentar. E confira também o vídeo que gravei para o meu canal no Youtube sobre o tema. É só dar o play abaixo!