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Nossos bebês têm um ritmo de crescimento, desenvolvimento e ganho de peso muito acelerado no primeiro ano de vida. Geralmente eles triplicam de peso e dobram de comprimento do nascimento até 1 ano. Essa demanda metabólica para crescer tanto requer calorias Nossos bebês têm um ritmo de crescimento, desenvolvimento e ganho de peso muito acelerado no primeiro ano de vida. Geralmente, eles triplicam de peso e dobram de comprimento do nascimento até o primeiro ano. Essa demanda metabólica para crescer tanto requer calorias e nutrientes adequados, que vêm da amamentação, e depois dos 6 meses, da introdução da alimentação complementar.

Quando a criança completa 1 aninho, esse ritmo de desenvolvimento diminui bastante, e isso, claro, se reflete no apetite. Ele não vai mais triplicar de peso, ao contrário, a tendência é que a partir do segundo ano isso aconteça bem mais lentamente. É comum, e até esperado, que um bebê de 8 meses, por exemplo, tenha mais fome e vontade de comer do que uma criança de 1 ano e pouco.

Outra questão é que nessa fase eles têm um interesse maior pelo mundo, pelas pessoas, pelo que está acontecendo ao redor. Estão começando a andar, a interagir mais, a olhar um desenho que está passando na TV. Então, se a fome já está menor que o ambiente “em torno”, qualquer coisa é motivo para não querer comer: pode ser um dentinho nascendo, incomodando, pode ser uma visita que chegou, o cachorro fazendo farra, a TV barulhenta… Tudo e qualquer coisa pode contribuir para que a criança se distraia ou se incomode e recuse o pratinho.

Quando a criança não quer a comida, é preciso que você, mãe, e os profissionais que acompanham a criança precisam se perguntar é: ele está doentinho, com alguma virose? Está muito incomodado com algum dentinho? Aconteceu algo diferente? Teve algum susto ou trauma relacionado à alimentação? Se não houver algo orgânico impedindo a criança de comer ou dificultando essa aceitação, minha dica é que você mantenha a calma porque isso é uma fase e vai passar.

O que não fazer?

O que acontece, em geral, e que te alerto a não fazer, é que muitas vezes a família sem saber que esse comportamento é comum nessa época da vida, começa a ficar angustiada por ver a criança comer menos, e na ânsia em vê-la comer qualquer coisa, acaba iniciando a oferta de “qualquer coisa”. Aí, em alguns casos, infelizmente acabam entrando na rotina biscoitos pobres em nutrientes, mas ricos em farinhas refinadas, aditivos e açúcar, potinhos de bebidas lácteas ultraprocessadas e por aí vai.

Quando a família cai nessa tentação, ela está trocando de problema, aliás, está contribuindo, mesmo que não seja a intenção, para que essa criança recuse ainda mais os alimentos naturais, a comida de verdade. Meu conselho é que você mantenha o acompanhamento da criança com o pediatra e nutricionista materno-infantil. Tenha calma, sabedoria, perseverança em ofertar ao seu filho alimentos saudáveis! Aos poucos as coisas vão se encaixar.

Vai dar tudo certo!

Com amor,
Andreia Friques.