Você já ouviu falar na detoxificação pré-gestacional?
Quando a mulher encontra-se no preparo para engravidar, é muito positivo que busque pelo seu equilíbrio homeostático. Isso significa que o organismo deve estar livre de toxinas e disruptores endócrinos ao máximo possível, a fim de que não atrapalhe as funções orgânicas.
Quando a mulher está intoxicada, o risco de que estes metabólitos tenham uma influência negativa já na concepção é muito grande.
Por isso, a detoxificação pré-gestacional é de extrema importância para garantir a saúde de mãe e bebê.
Planejamento individualizado
Cada mulher tem a sua história. Portanto, a detoxificação precisa contar com um planejamento individualizado.
Através do exame laboratorial, o nutricionista consegue mapear as maiores necessidades da futura gestante e também quais elementos estão em excesso.
A partir dessas informações, traçamos metas que a mulher tenha reais condições de cumprir. Nesse momento, a ação concreta importa muito mais que a mera idealização de um melhor tratamento.
A educação nutricional é muito importante nessa etapa. Caso nunca tenha passado por uma reeducação alimentar, esse é o momento para que faça. Assim, entra na gestação com o corpo e a mente organizados em prol da saúde do bebê.
A detoxificação pré-gestacional não vale só para a mulher: o homem também precisa realizar melhorias no estilo de vida caso queira proporcionar mais saúde ao bebê.
As recomendações mais comuns desse período são:
- Eliminar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas;
- Não incluir alimentos ultraprocessados na alimentação;
- Ficar longe de temperos artificiais;
- Sempre que possível, trocar o plástico pelo vidro.
A alimentação saudável
Além da suplementação, a alimentação também dá o apoio que a saúde da tentante siga equilibrada e longe de toxinas.
Assim, não diz respeito apenas ao que comer, mas também aos momentos de fazer as refeições. Nem sempre comer de 3 em 3 horas é a regra, ou mesmo, passar muitas horas sem comer.
A realidade de cada mulher deve ser avaliada. Afinal, a ansiedade por alimentos pode piorar muito as escolhas quando for saciar a fome.
Toda a reeducação alimentar deve ser voltada ao incentivo de comer a comida de verdade e precisa ser levada a sério. Caso passe muito tempo fora, ou vá até um local onde não sabe se é possível alimentar-se, levar junto uma marmita pode ser uma opção.
No geral, também oriento minhas pacientes a tomar cuidados com os rótulos dos alimentos. Quanto mais os nomes parecem com alimentos, mais são comida de verdade. Quanto mais parecem aditivos de farmácia, mais longe estão de serem saudáveis. E, quanto mais numerosos forem, maiores os indícios que são bastante processados.
Eliminando as toxinas do ambiente
Trocar o plástico pelo vidro é essencial, principalmente, porque muito se sabe sobre o bisfenol-A, mas, estudos vem mostrando que nossa exposição diária ao longos dos anos é tão significativa que eles tendem a se acumular no nosso corpo, especialmente no tecido adiposo.
Nosso organismo sabe lidar com os excessos de alimentos e até alguns ingredientes em certo nível. Porém, quando trata-se dos disruptores endócrinos existentes no ambiente, o corpo simplesmente acumula e não consegue se livrar.
Esses disruptores são confundidos em nosso corpo com hormônios, o que atrapalha muito o equilíbrio homeostático.
Assim, é preciso levar em consideração as substituições desses elementos e também investir em uma alimentação que favoreça a desintoxicação.
Um alimento que estudei em meu doutorado, favorável a eliminar os tóxicos do organismo, é o kefir. Pode fazer parte do café da manhã dessa família, por exemplo, pois conta com muitos benefícios a longo prazo.
Como fazer essa avaliação?
Para realizar uma avaliação aprofundada do estado nutricional desta mulher que vai ser refletida diretamente na saúde do futuro bebê, devem ser observados vários exames laboratoriais (Vitamina D, B12, ferro, ferritina, ácido fólico, insulina, hemoglobina glicada, hemograma, metais pesados, etc.) que irão dar uma noção do estado nutricional e de uma possível inflamação e intoxicação.
A partir daí, poderá ser traçado um plano de ação individualizado, afinal, cada um tem o seu próprio histórico.
Mas atenção! Essa destoxificação deve ser feita no período pré-gestacional e não depois.
Ao longo da gestação, a conversa muda porque a mulher deve ter nutrientes necessários para garantir o bom desenvolvimento do bebê.
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