Dar início à introdução da alimentação complementar (IAC) de forma prematura pode aumentar drasticamente o risco de obesidade infantil.
O motivo não está claro. Alguns estudos sugerem que o risco está ligado a fatores metabólicos, outros apontam para alterações no microbioma do intestino do bebê e outros ainda sugerem que o risco está relacionado a fatores comportamentais.
Uma coisa é clara: o risco de obesidade é realmente maior quando os alimentos sólidos são iniciados precocemente, ou seja, antes dos 6 meses de idade.
No artigo abaixo, compartilho com vocês algumas informações de estudos que comprovam essa relação. Vamos conferir?
A obesidade infantil é uma epidemia global e um desafio crítico para a saúde pública.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos apresentam obesidade infantil.
A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro.
Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%, sendo que 7% já apresentam obesidade.
A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, comportamentais, que atuam em vários contextos, seja ele familiar, escolar ou social.
Condições vivenciadas ainda na gestação podem influenciar ao longo da vida, como a nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso.
A redução no tempo do aleitamento materno exclusivo ou a introdução alimentar precoce também são fatores que colaboram para a obesidade infantil.
A introdução da alimentação dos alimentos sólidos deve acontecer aos 6 meses de idade, pois nessa fase a criança apresenta o sistema digestivo mais desenvolvido.
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Os bebês precisam cumprir vários marcos de desenvolvimento antes de iniciar os sólidos, sendo necessário fazer as seguintes observações:
Lembre-se, ao introduzir os alimentos sólidos, devemos priorizar a qualidade em vez da quantidade.
Ter uma experiência positiva e construir uma boa relação com alimentos saudáveis e ricos em nutrientes é fundamental para a vida, portanto, invista tempo e dedique-se a essa fase.
Bebês que começaram a comer alimentos sólidos aos três meses de idade ou antes mostraram mudanças nos níveis de bactérias intestinais e subprodutos bacterianos.
Entre essas mudanças, estavam os ácidos graxos de cadeia curta, medidos em suas amostras de fezes. Os resultados foram publicados em um estudo da Universidade Johns Hopkins.
O estudo sugere que a introdução precoce de alimentos sólidos pode predispor os bebês ao excesso de peso, pelo menos em parte, por alteração da rando a microbiota intestinal
A ciência tem demonstrado a relação da introdução da alimentação completar com distúrbios imunológicos, estresse oxidativo e obesidade.
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Até o sexto mês, a recomendação é o aleitamento materno, que deverá ser o único alimento do bebê.
Após essa fase, iniciamos a introdução alimentar e com isso aproveitamos a famosa janela imunológica, que é um nome dado a um período em que o sistema imune parece estar mais propício a aprender, portanto, parece estar menos reativo e está em pleno desenvolvimento.
“Queimar etapas” e fazer a introdução da alimentação complementar precoce nos bebês pode trazer consequências para o resto da vida, como a obesidade e outras doenças associadas.
O ideal é sempre contar com o apoio de uma nutricionista materno-infantil e priorizar a diversidade alimentar, sempre respeitando os limites e o conforto do bebê.
Espero que o artigo sobre a relação entre a introdução da alimentação complementar prematura e a obesidade seja útil e possa orientá-los. E para mais dicas e muita informação, conheça o curso “Bebê Vitaminado – Introdução Alimentar”, clicando no botão abaixo!
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