You are currently viewing Bisfenol-A prejudica o cérebro infantil

Os seres humanos são expostos a inúmeros disruptores endócrinos todos os dias, em todos os lugares. 

Essas substâncias prejudiciais à saúde estão presentes em nossas casas, em todos os ambientes. 

As vias mais comuns de contaminação é a oral, através da ingestão de alimentos contaminados e também a via transdérmica, ou seja, quando nossa pele entra em contato com essas substâncias.  

Com milhares de produtos químicos flutuando em nosso ambiente, a exposição a qualquer número é praticamente inevitável. 

Uma substância muito utilizada é o bisfenol A (BPA), um componente químico usado para a produção  de plásticos. 

Sendo amplamente utilizado em equipamentos esportivos, garrafas de água, dispositivos médicos e como revestimento em latas de alimentos e bebidas. 

O BPA tem maior probabilidade de contaminar alimentos quando  é submetido ao aquecimento, como ocorre quando aquecemos os alimentos no microondas. 

Não à toa, ele foi proibido em diversas embalagens, como mamadeiras, por exemplo.

Apesar da proibição do BPA em mamadeiras, dois estudos recentes mostram que os recém-nascidos ainda estão sendo expostos aos disruptores endócrinos, e isso pode estar afetando o desenvolvimento dos seus cérebros.

Como o BPA afeta nossos corpos

O BPA imita e interfere na função do estrogênio — um hormônio que nos ajuda a nos desenvolver quando somos jovens. Ele também é um hormônio importante para a reprodução.

Recentemente, um estudo avaliou a presença do bisfenol A em amostras biológicas de gestantes e correlacionaram ao desenvolvimento infantil em diversas fases. 

Além do Bisfenol A, analisaram a presença do Bisfenol S e F. No estudo se detectou a presença de Bisfenol na urina principalmente no primeiro trimestre e foi possível correlacionar ao maior perímetro cefálico e aumento no ganho de peso.   

Os cientistas estão preocupados com os efeitos do BPA em fetos, bebês e crianças diante a altíssima exposição nos dias  atuais. Uma vez que alguns dados sugerem que a contaminação com Bisfenol pode afetar o comportamento, bem como o desenvolvimento cerebral e da próstata, dos testículos e das mamas.

Leia também::: Como escolher utensílios para a introdução alimentar livres de BPA?

Desenvolvimento do cérebro fetal

A exposição ao BPA tem o potencial de afetar o desenvolvimento do cérebro durante a gestação, de acordo com pesquisas.

O impacto inclui mudanças no desenvolvimento estrutural, interferência na regulação do estrogênio e modificações no DNA. 

De acordo com o estudo, isso pode ter efeitos sobre o comportamento social e ansiedade após o nascimento.

Estudo em animais demonstrou  os efeitos do BPA no desenvolvimento cerebral.   A exposição embrionária ao BPA demonstrou interromper o desenvolvimento neocortical normal, acelerando a diferenciação/migração neuronal. 

Ou seja, algumas descobertas sugerem que a exposição gestacional ao BPA pode levar a mudanças duradouras e permanentes no cérebro do feto.

Sendo assim, além de evitar os  disruptores endócrinos após o nascimento, é fundamental que as mães também evitem a contaminação durante a gestação.

Leia também::: O perigo do plástico na mesa: o que você precisa saber sobre o bisfenol-A

Evitando exposição

 Evitar o BPA e outros disruptores endócrinos é extremamente necessário, sendo um desafio, pois estão extremamente presentes.  No entanto, uma pessoa pode tentar minimizar a exposição fazendo o seguinte:

  • evitar recipientes para alimentos de policarbonato no micro-ondas
  • ter em mente que os recipientes com códigos de reciclagem 3 ou 7 podem conter BPA
  • reduzir o consumo de alimentos enlatados e ultraprocessados
  • escolher recipientes de vidro, inox ou porcelana para alimentos quentes, em vez de plástico

Em 2011 uma pesquisa muito interessante foi realizada, alguns cientistas analisaram os níveis de BPA antes e após a restrição de alimentos ultraprocessados, apenas 

Após 3 dias de ingestão de alimentos frescos, ou seja, sem produtos retirados de uma lata ou embalagem de plástico. 

Mas eles descobriram que os níveis de BPA caíram significativamente durante este tempo. Isso indica que ele pode ser eliminado rapidamente do corpo.

Cuide de você e de quem ama

O bisfenol A é um produto químico presente em plásticos rígidos, incluindo garrafas de água potável e muitos utensílios domésticos.

A pesquisa mostrou que a exposição ao BPA pode perturbar o funcionamento do sistema endócrino e o desenvolvimento do cérebro infantil. 

Por isso, a melhor alternativa é evitar ao máximo aquecer alimentos em recipientes plásticos, já que há grande risco de contaminação.

Portanto, ao tomar cuidados diários, além de eliminar sempre os produtos enlatados e ultraprocessados, você garante maior qualidade de vida a você e a quem você ama.

Além disso, tais disruptores endócrinos podem proporcionar diversos outros problemas à saúde. E para saber mais sobre os riscos que eles representam, confira o meu livro Epidemia do Plástico – Bisfenol A (BPA): Você precisa saber!

É só clicar no link abaixo!