Muitos pais me perguntam: é possível prevenir alergias alimentares nos bebês? E essa é uma pergunta superdifícil de ser respondida.
Afinal de contas, quando alimentamos nossos pequenos nossa preocupação em pegar o telefone rapidamente deve ser unicamente para registrar as caretas e reações que ele faz aos novos alimentos. Jamais ter que ligar para o pediatra relatando que seu filho está tendo uma crise alérgica.
E por isso, alguns pais ficam com dúvida sobre como fazer a introdução alimentar dos bebês, pensando em formas de prevenir alergias alimentares. Mas há diversos fatores que podem influenciar, os quais abordo no artigo.
Vamos conferir?
Para entender formas de prevenir alergias alimentares, antes de tudo é necessário compreender o que as desencadeiam.
Algumas pessoas reagem com o que os médicos chamam de reação de hipersensibilidade ao comer certos alimentos ou aditivos. Normalmente são os alimentos comumente usados que causam as reações.
Para que uma reação adversa seja chamada de hipersensibilidade alimentar, os sintomas de um indivíduo devem ser de um determinado tipo, especificamente:
A hipersensibilidade alimentar é dividida em dois tipos: alergia alimentar e hipersensibilidade alimentar não alérgica.
Nosso conhecimento sobre as causas da alergia alimentar é limitado. Os cientistas suspeitam que certos genes, bem como condições no estômago e no intestino, podem desempenhar um papel no desenvolvimento da alergia alimentar.
Há vários fatores que aumentam o risco, que fazem uma criança ser mais alérgica que a outra. Por exemplo, pode ser um componente genético, com famílias que tenham membros alérgicos ter maior probabilidade que o bebê também desenvolva a alergia.
Alguns genes possivelmente têm um papel específico nas respostas alérgicas aos alimentos. Podem ser genes que codificam moléculas com uma função no sistema imunológico ou com uma função na quebra de proteínas alimentares no intestino.
O alimento que comemos precisa ser digerido em pequenas moléculas antes que nosso corpo possa fazer uso dele. Em geral, os alimentos cozidos são mais digeríveis do que os crus.
O alimento é primeiro dividido em partículas menores quando o mastigamos. As enzimas no intestino, junto com o ácido no estômago, são essenciais para a decomposição final dos alimentos em suas partes componentes.
Se o alimento não for decomposto adequadamente no intestino, pode ser que os alérgenos alimentares sejam disponibilizados para o sistema imunológico do intestino de forma a promover sua alergenicidade.
Portanto, os indivíduos com acidez estomacal reduzida (por exemplo, devido ao tratamento com antiácidos) podem estar predispostos a se tornarem alérgicos aos alimentos ou podem piorar os sintomas de uma alergia alimentar pré-existente.
Os bebês podem ser mais suscetíveis a desenvolver alergia alimentar porque têm intestinos imaturos.
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O fato é que quando temos um intestino saudável, uma microbiota intestinal saudável, temos maiores chances de não desenvolver uma alergia alimentar. E falando nos bebês, essa preparação inicia ainda na gestação.
A mamãe deve comer de tudo, e não excluir desnecessariamente determinados grupos de alimento. Claro que, quando falamos em comer de tudo, falamos em uma dieta saudável e nutritiva.
Mas o fato é que quando a mamãe come determinado alimento, essas proteínas são também transferidas ao bebê. Isso fará com que seu organismo já entenda que elas não são nocivas, e podendo de certa forma prevenir alergias alimentares.
Ou seja, é a exposição que ajuda a prevenir. Não ter contato com determinados alimentos apenas aumenta a possibilidade do organismo estranhar aquela proteína.
Outro ponto que contribui para prevenir alergias alimentares do bebê é fazer uma introdução alimentar adequada a partir dos seis meses.
Expor o bebê nesse período de janela imunológica que existe, que vai dos 6 meses aos 10 meses de vida, permite que seu organismo reconheça os alimentos. Por isso, ofereça ao seu filho alimentos como o ovo, por exemplo. Ofereça a gema, a clara.
Seu bebê também deve ser apresentado a outros alimentos potencialmente alergênicos, como o peixe. Ofereça pedacinhos de peixe a ele dentro da alimentação saudável que você estará oferecendo nessa introdução alimentar.
Há diversas evidências científicas que mostram que isso previne riscos futuros de uma alergia alimentar. Sem contar que também ajudará na saúde e no desenvolvimento futuro do bebê.
A exclusão desnecessária não diminui ao risco, ao contrário, pode aumentar suas chances de desenvolver uma alergia alimentar futura.
Claro que é fundamental que seu bebê tenha sempre um acompanhamento de um bom pediatra e também de um bom nutricionista materno-infantil. Ou seja, eles saberão identificar rapidamente se seu bebê apresenta alguma alergia alimentar caso algum sintoma venha a surgir.
E procurar manter um estilo de vida saudável mantém um monte de doenças. Ofereça alimentos saudáveis ao seu bebê, permita que ele desenvolva uma microbiota intestinal em equilíbrio. Isso evita que ele tenha qualquer chance de problema futuro.
Portanto, a melhor forma de prevenir alergias alimentares em bebê é saber reconhecer seus sintomas e permitir que ele possa conhecer os alimentos potencialmente alergênicos mais precocemente. E mesmo na gestação, isso deve iniciar.
Confira ainda o vídeo sobre o tema que publiquei em meu canal no Youtube. É só dar o play logo abaixo!
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