As dúvidas sobre papinha de bebê são campeãs em meu consultório!
Pais e mães que estão começando a introdução alimentar de seus filhos ficam muito inseguros em relação a quais alimentos começar a oferecer.
Eu quero chamar a atenção neste artigo sobre a forma que esses alimentos são oferecidos. Tão importante quanto saber o que oferecer, é saber como oferecer.
Muitos pais ainda acreditam que o modo ideal de alimentar o bebê consiste em amassar a comidinha antes de oferecê-la. Será que é assim?
Continue até o final para entender tudo sobre a papinha de bebê.
Há quem recorra aos processadores e liquidificadores para preparar os alimentos do bebê assim que ele completa 6 meses. Porque vimos muitas pessoas da família introduzindo assim os alimentos para outras crianças, podemos até acreditar ser a forma correta de começar a introdução alimentar.
No entanto, o bebê precisa conhecer os alimentos em suas formas originais nessa fase. De preferência, sem misturar com outros alimentos.
Quando você faz uma mistura de brócolis, couve, rúcula e outros verdes, batidos num multiprocessador, como o seu filho vai conhecer esses alimentos? Nem mesmo você saberia o que foi adicionado ali. Concorda comigo?
O mesmo vale para todos os outros alimentos: frutas, verduras, legumes, raízes… O bebê precisa conhecer a textura, a cor, o cheiro e o sabor de cada um individualmente. Infelizmente, ao misturar tudo, isso não é possível.
Caso a sua preocupação seja com a falta de dentes, fique tranquilo. A gengiva é dura o suficiente para cortar a maioria dos alimentos. Basta oferecer em pedaços pequenos.
Leia também: Como posicionar o bebê na cadeira de alimentação?
As papinhas disponíveis em prateleiras de mercado não devem fazer parte da introdução alimentar. No entanto, podem configurar como opção interessante para quando a mãe está em uma situação onde não é possível preparar a comidinha do bebê ou mesmo conservar.
Casos como viagem ou um dia fora de casa, por exemplo, em que não há geladeira disponível para conservar a comidinha, é muito melhor optar por essa papinha.
Do ponto de vista da segurança alimentar, os riscos de contaminação para o bebê são muito menores. Mas, atenção: só deve ser usada em casos de exceção. Não recomendo que façam parte do cotidiano do bebê.
Essa pergunta é a campeã no meu consultório, principalmente vinda de pais de bebês maiores – entre 9 e 12 meses.
Embora seja interessante começar a oferecer um lanche para esse bebê, é muito melhor oferecer opções que não sejam industrializadas, como frutas ou legumes cozidos.
O biscoito de polvilho pode aparecer na alimentação da criança quando ficar maior de 2 anos, sempre com a orientação de não fazer parte da alimentação diária e em suas versões com a menor quantidade de aditivos industrializados que for possível.
Eu espero ter esclarecido a você por que a papinha de bebê passa longe de ser uma boa opção na introdução alimentar.
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