Você já se perguntou por que é tão difícil fazer as crianças comerem seus vegetais? A criação de hábitos alimentares das crianças é um processo que vai muito além de apenas não gostar de comer algo.
Não querer comer brócolis, por exemplo, pode estar enraizado em muitas questões mais complicadas. O modo como passamos a gostar de certos alimentos está associado a muitos fatores e é conhecido como preferências alimentares.
Essas experiências nutricionais no início da vida podem ter consequências duradouras. Para incentivar a adoção de hábitos alimentares das crianças de forma saudável, ela deve começar logo cedo.
Para auxiliar nesse processo, elaborei esse artigo repleto de informações úteis. Vamos conferir?
Nos primeiros 2 anos de vida, que é quando o aprendizado acontece, as preferências alimentares também são formadas.
A maioria é aprendida, mas alguns são inatos. Os hábitos alimentares de uma criança afetam diretamente o comportamento alimentar, que por sua vez está ligado à saúde geral, bem-estar e à formação de obesidade.
Por anos, a indústria de alimentos e bebidas tem usado esse conhecimento a seu favor. Para isso, incentiva o desenvolvimento de preferências alimentares não saudáveis em crianças de todas as idades, por meio de várias técnicas de marketing e publicidade.
Por exemplo, quando foi a última vez que você viu um anúncio de brócolis? Isso tem uma consequência direta na formação de preferências alimentares potencialmente prejudiciais ao longo da vida.
Estão também associadas ao desenvolvimento da obesidade e de tudo o que a acompanha. Embora as preferências alimentares possam ser desaprendidas, esta costuma ser uma tarefa monumental à medida que envelhecemos.
Pais que fazem com que seus filhos adotem hábitos alimentares saudáveis desde tenra idade podem ter uma influência positiva nos hábitos alimentares de seus filhos mais tarde na vida.
Ao longo dos anos, há diversas pesquisas que descobriram evidências de que os hábitos alimentares na primeira infância têm um impacto nas preferências e padrões alimentares futuros.
Isso não significa que as crianças com sobrepeso precisam se tornar adultos com excesso de peso. Mas vários pesquisadores sugerem que os padrões de peso das crianças são um indicador de problemas de saúde na idade adulta.
Além disso, pesquisas indicam que a probabilidade de as crianças sofrerem de obesidade dobra quando seus pais estão acima do peso. Felizmente, existem várias maneiras de os pais moldarem o comportamento alimentar de seus filhos de maneira positiva.
No mundo agitado de hoje, os pais têm cada vez menos tempo para preparar refeições saudáveis e caseiras. No entanto, é importante evitar refrigerantes açucarados, junk food e refeições com alto teor de gordura e açúcar na dieta das crianças.
Isso ocorre porque os alimentos que contêm grandes quantidades de gordura ou açúcar e baixas quantidades de carboidratos podem causar excessos, pois o cérebro não registra que o estômago está cheio.
É uma ideia muito melhor oferecer às crianças uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas e vegetais, que são fáceis de preparar. Dessa forma, os pais podem moldar as preferências alimentares de seus filhos, pois é mais provável que eles apreciem os alimentos que lhes são oferecidos regularmente.
Além disso, as crianças aprendem hábitos alimentares por meio da observação. Isso significa que as crianças também são mais propensas a comer alimentos saudáveis quando veem os pais os comerem.
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É possível que as crianças adotem um sentimento de negatividade em relação a determinados alimentos quando são forçadas ou pressionadas a comê-los.
Em vez disso, os pais podem tirar aquilo que o bebê realmente não gosta introduzir esses alimentos novamente no futuro. Isso ajudará a garantir que as crianças não se sintam mal com os alimentos de que não gostam.
Além disso, a maioria dos adultos tem a capacidade de determinar se estão fartos ou com fome porque aprenderam a ouvir seus sinais físicos de fome e saciedade quando crianças.
Dessa forma, sabendo da importância dos nutrientes, acontece que os pais passam a mensagem errada aos filhos sobre o quanto eles precisam comer até que fiquem saciados, punindo-os ou subornando-os para comer tudo que está no prato.
Dessa forma, os pais ensinam aos filhos o hábito de comer demais e ouvir dicas externas. Esse risco pode ser reduzido quando as crianças podem ouvir suas próprias dicas de fome.
Por exemplo, um bebê que se afasta da mamadeira tenta sinalizar que está cheio. As crianças mais velhas param de comer quando estão satisfeitas. Nessa situação, não os incentive ou force a terminar tudo que está no prato.
As crianças que fazem refeições com a família tendem a comer alimentos mais saudáveis como frutas, vegetais e grãos inteiros. Ou seja, eles também apresentam menor risco de ficarem acima do peso.
No entanto, as crianças que comem em frente à TV tendem a fazer escolhas alimentares piores. Deve-se evitar comer em frente à TV, pois isso pode levar a comer demais e aumentar o risco de obesidade infantil.
E quando falamos em comer junto com a família, esse hábito pode começar desde cedo. Mas já nas primeiras refeições, tente fazer seu bebê participar das refeições com a família. Isso também permitirá que ele crie memórias afetivas fantásticas.
Como pais, vocês têm um papel importante na formação dos hábitos alimentares das crianças. Por exemplo, ao criar um ambiente alimentar positivo e ser um bom modelo, você pode ajudar seus filhos a desenvolver hábitos saudáveis que podem ter um impacto duradouro em sua saúde.
Como é possível perceber, criar bons hábitos é um processo, que requer compreensão, carinho e dedicação também dos pais. Mas podem ter certeza que no futuro todo o esforço terá valido a pena.
Espero que tenha gostado do artigo sobre como formar os hábitos alimentares das crianças. E já recomendo que assista meu vídeo sobre as dificuldades e desafios da nutrição materno-infantil. Compartilho dicas ótimas nele!
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