O Bisfenol-A (BPA), é um composto químico usado em larga escala na produção de plásticos, devido ao seu baixo custo e também por garantir resistência e durabilidade aos produtos acabados, sendo assim, a indústria tem grande interesse em utilizá-lo na linha de produção. O problema é que ele impacta diretamente na saúde humana e promove riscos à gestação e também ao bebê.
O Bisfenol-A é usado na produção de quase tudo que temos contato no dia-a-dia, desde garrafas plásticas de água, recipientes utilizados para armazenamento de alimentos, e recibos de papel, por exemplo.
O BPA foi produzido na década de 1890, por um químico russo.Inicialmente ele foi considerado para uso como um estrogênio artificial, uma vez que imitava fortemente o efeito dos hormônios estrogênicos no corpo.
Em meados do século passado, o BPA foi empregado na fabricação de plásticos de policarbonato e resinas epóxi, devido a produção de plásticos mais resistentes “inquebrável” quando aquecidos ou resfriados. O BPA sempre foi barato e eficaz, daí o uso comercial generalizado desse produto químico extremamente prejudicial à saúde.
Apesar da crescente evidência de que o BPA está ligado a efeitos colaterais graves, estudos indicam que as pessoas ainda estão expostas a níveis prejudiciais de BPA. Isso provavelmente se deve ao fato de que você pode encontrá-lo em qualquer lugar, seja em garrafas plásticas descartáveis de água, recibos de compras realizadas em supermercados, lojas, postos de combustíveis e tantos outros lugares, brinquedos infantis, em alimentos enlatados e etc.
Para falar mais sobre essa substância tão presente em nossas vidas e ao mesmo extremamente prejudicial à saúde e capaz de promover riscos à gestante, preparei o artigo abaixo!
O Bisfenol-A possui atividade estrogênica e, portanto, capacidade de interferir no sistema endócrino.
O BPA tem sido associado a causa de problemas reprodutivos, imunológicos e neurológicos.
Também está ligado a um aumento da probabilidade de Alzheimer, asma infantil, doenças metabólicas, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
O BPA é solúvel, portanto, gera uma preocupação ainda maior, pois ao entrar em contato com líquidos ou ao ser aquecido, a ligação formada com o plástico pode se rompida e o BPA pode contaminar os alimentos, seja a água ou alimentos sólidos.
Além de poder afetar a reprodução masculina ou feminina, também pode afetar o bebê que está sendo gerado. Afinal, ele atua como um disruptor endócrino, podendo comprometer o desenvolvimento como um todo, com consequências para o resto da vida.
Estudos epidemiológicos mostram uma associação entre o BPA e efeitos adversos na saúde perinatal, infantil e adulta.
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As condições necessárias para o desenvolvimento de um feto saudável são bem peculiares e requer uma atenção toda especial. Afinal, alguns eventos nessa fase poderão ter impactos negativos por toda a vida.
Já sabemos que durante a gravidez as mulheres não devem beber álcool ou fumar e que precisam ter muito cuidado com as escolhas alimentares.
As mulheres que se preparam para engravidar e as gestantes precisam estar atentas com os plásticos com os quais entram em contato. Inclusive, um estudo descobriu que o BPA tem um efeito negativo em alguns processos de desenvolvimento fetal.
A maneira como isso acontece é preocupante. Essencialmente, o BPA no corpo da mulher atua similarmente a um hormônio, “engando” o sistema reprodutor.
Isso bloqueia ou altera a produção dos hormônios naturais do corpo, isso pode comprometer a qualidade e quantidade dos óvulos de uma mulher, bem como alterar o DNA do feto e favorecer ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Em mulheres, os níveis séricos de BPA correlacionaram-se com a ocorrência de abortos espontâneos e até mesmo casos de infertilidade.
A exposição pré-natal ao BPA também foi correlacionada ao aumento do risco de asma infantil.
Outro estudo, demonstrou que a exposição ao BPA está associada a menores taxas de crescimento fetal e menor peso ao nascer.
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Existem no mercado os chamados plásticos ‘livres de BPA’, normalmente, são garrafas plásticas reutilizáveis, no entanto, precisamos ficar atentos.
Os fabricantes precisam continuar produzindo os plásticos para permanecerem no mercado. Para isso utilizam o Bisfenol com pequenas alterações na molécula, conhecidas como BPS e BPF. Essas substâncias são extremamente prejudiciais à saúde, como o BPA.
Algumas evidências em relação aos produtos “BPA free” tem demonstrado que a estratégia da indústria em utilizar o BPS não garante segurança aos usuários. Essas substâncias também interferem no sistema endócrino, causando inúmeros efeitos deletérios sobre o organismo, afetando principalmente a reprodução.
Portanto, é fundamental atentarmos para a nossa exposição ao Bisfenol, seja ele A, S, F e outros que existem no mercado, pois as descobertas dos prejuízos em relação ao uso dessas substâncias estão apenas começando.
E de forma ainda mais especial as mulheres gestantes, pois os prejuízos poderão impactar por toda a vida de seus bebês, mesmo que ainda estejam em desenvolvimento.
Espero que o artigo sobre os riscos que o Bisfenol-A na gestação tenha sido claro. Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento, confira meu livro “Epidemia do Plástico – Bisfenol A (BPA): Você precisa saber!” É só clicar no botão abaixo!
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