Crianças e Adolescentes

Seletividade alimentar é mais comum em crianças com autismo!

Crianças com TEA (transtorno do espectro do autismo) costumam apresentar  maior seletividade alimentar. E isso pode ser um grande drama para os pais.

 A seletividade impacta diretamente nos nutrientes ingeridos pela criança e poderá acarretar em  carência nutricional, com inúmeros prejuízos no desenvolvimento.

A alimentação monótona e repetitiva é bem comum entre esses pacientes, não costumam aceitar uma alimentação variada.

Abaixo, explico mais sobre a seletividade alimentar em crianças com autismo, e como conseguir superar essa condição.

Seletividade alimentar

A seletividade alimentar é um problema bastante comum em crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA). 

Muitas crianças que foram diagnosticadas com TEA têm dificuldades com rigidez e uma necessidade de repetição, e isso vale para suas preferências alimentares também. 

Antes de iniciar uma intervenção de alimentação, é importante descartar quaisquer condições médicas subjacentes que podem estar perpetuando as dificuldades de alimentação da criança. 

As preocupações médicas comuns incluem a doença do refluxo gastroesofágico, alergias ou intolerâncias alimentares. 

Quaisquer problemas médicos devem ser tratados antes da implementação de um plano alimentar.

Leia também::: Refrigerante: Seu consumo impacta o comportamento das crianças

Como tratar a seletividade alimentar

Ao tratar qualquer criança com seletividade alimentar, o primeiro passo é obter um histórico alimentar muito detalhado, a anamnese precisa ser muito bem feita. 

Pergunte sobre as primeiras experiências da criança com o aleitamento materno ou com mamadeira, a transição para a introdução alimentar e quais foram as reações ao ter contato com as diferentes texturas e temperaturas.

Obtenha um diário de alimentação detalhado atualizado. Também é muito importante coletar informações sobre o ambiente em que a criança come. 

Ele se senta à mesa da cozinha durante todas as refeições? Os horários das refeições são previsíveis e ocorrem em intervalos regulares programados e no mesmo horário todos os dias? 

Como a comida é apresentada? Quanto tempo dura uma refeição típica? Quais são os comportamentos de recusa da criança? Quanto mais específicas forem as informações, melhor!

Vale lembrar que a nutrição deve ser personalizada, individualizada, cada ser humano deve ser enxergado como único, inclusive, sob o ponto de vista nutricional! Mas antes disso, devemos enxergar a criança e tudo que a envolve.

Leia também::: Obesidade infantil: como iniciar uma mudança alimentar?

Um passo de cada vez

Encontrar crianças dentro do espectro autista altamente seletivas é muito comum. 

Mais do que a rejeição a sabores, esses pacientes contam com forte resistência a novas texturas dos alimentos. Por isso, introduzir novas opções pode ser um grande desafio.

Forçar a ingestão de alimentos, não é uma opção. No entanto, os novos alimentos devem ser apresentados de forma gentil e gradual. 

Tenha paciência e persistência Busque uma rotina saudável para você e seu filho!

Espero que o tema da seletividade alimentar em crianças com autismo lhe seja útil. E para receber mais dicas e informações, se inscreva também em meu canal do Youtube!

Andreia Friques

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