A avaliação de forma ideal da alimentação do seu filho acontece nas 24 horas do dia. Para ter melhor noção do que está acontecendo, eu precisaria te fazer algumas perguntas: o que ele come ao longo do dia? Mama? Se sim, seio materno ou mamadeira? Quantas vezes ao dia? Ingere suco ou água de coco? Não faz um lanche, mas alguém dá algo para ele “beliscar”? Essa queixa não está acontecendo na fase de alguma virose, doença? Como estão o crescimento e o desenvolvimento dele?
Essas são algumas questões que recebo diariamente no consultório. Muitas vezes, a família relata que a criança não faz determinada refeição, mas quando realizamos um recordatório alimentar, é possível perceber que ela ingere muitas calorias ao longo do dia de outras fontes. Então, na verdade, o que precisamos é ajustar no que e como os alimentos são oferecidos e as coisas se encaixam melhor.
É preciso lembrar que, a partir do primeiro ano, ocorre uma desaceleração do ritmo de crescimento e ganho de peso, podendo levar a uma diminuição considerável do apetite. Até por volta dos 6, o interesse pelo ambiente (brincadeiras, TV, pessoas circulando, etc), passa a ser maior e um pequeno de 2 a 3 aninhos pode preferir mil vezes uma brincadeira a um prato de comida ou um lanche reforçado.
Muitas famílias desconhecem as razões fisiológicas pelas quais isso acontece, ou seja, que nessa idade eles têm menos apetite porque não têm um ritmo de crescimento tão grande como antes e ficam desesperadas nessa fase! Na tentativa de ver a criança comer “qualquer coisa” acabam por oferecer biscoitinhos, snacks, nos intervalos das refeições, o que prejudica ainda mais a aceitação! Um simples biscoitinho fora de hora, pouco antes do almoço ou lanche por exemplo, pode ser o suficiente para que uma criança de 2 a 3 anos recuse totalmente a próxima refeição. Afinal, sentir fome para alimentar-se é importante, necessário para todos, inclusive para os pequenos!
Porém, mesmo nessa fase, não é comum que a criança apenas almoce e jante, sem comer nada no intervalo, a não ser que a rotina dela se encaixe em alguma das situações que citei no início. De qualquer forma, minha dica para você, mãe, é a seguinte: considere todas essas questões com o pediatra e nutricionista da criança. Eles farão uma excelente avaliação clínica e descartarão todas as possibilidades de interferências. Caso não haja nada prejudicando essa aceitação, avalie os horários em que estão sendo oferecidos almoço e jantar (quem sabe não estão muito próximos?), dê um espacinho maior e capriche nos lanches saudáveis, gostosos e curiosos da tarde.
E uma dica de ouro: leve seu filho para a cozinha, peça ajuda dele. Explique como é bom comer bem e sobretudo, seja um exemplo, sempre.
Deixei no meu Instagram 05 receitinhas de lanches saudáveis e criativos para instigar a fome do seu pequeno por aí também! Clique aqui para conferir.
Vai dar tudo certo!
Com amor,
Andreia Friques
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