É normal que essa fase seja marcada por alguma insegurança para a mãe, afinal, será que o bebê vai aceitar os alimentos? E se ele engasgar? Portanto, minha primeira recomendação é que você fique tranquila. O seu filho vai comer, no ritmo dele e conforme você oferecer.
Vou ensinar como a introdução alimentar complementar pode ser um período maravilhoso de descobertas para o paladar em formação do seu bebê.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria e de muitas outras academias internacionais bastante respeitadas é que o bebê comece a provar os primeiros alimentos aos seis meses completos de vida.
Antes dos seis meses, é recomendável que o bebês se alimente exclusivamente do leite materno. Mas, mesmo para aqueles que por algum motivo usam a fórmula para complementar a nutrição ou mesmo se alimentam exclusivamente dessa fórmula, a indicação também é que comecem a provar os alimentos somente após os seis meses.
Caso você note no seu filho alguns sinais de maturidade em relação a alimentação, consulte um pediatra para confirmar se há necessidade da introdução alimentar complementar começar antes dos seis meses.
O objetivo desse processo é que o seu bebê esteja apto a se alimentar de maneira saudável até completar um ano de vida. Portanto, trata-se de um processo. Assim como a criança leva meses para aprender a andar, falar, ler, escrever, ela também precisa de um tempo para aprender a comer.
Assim, se o seu filho não aceita os alimentos de imediato, não há motivo para frustração. Conforme você apresenta os alimentos, o paladar vai acostumando e reconhecendo. Como deixo sempre muito claro, é um aprendizado.
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Lembre-se que o objetivo é ensinar ao seu filho a comer saudável. Assim, sempre recomendo às mamães que comecem oferecendo frutas. Não peneire nem bata no liquidificador, apenas amasse e ofereça ao bebê. O período pode ser pela manhã, de preferência.
No dia seguinte, você pode trocar a fruta. Não é necessário oferecer a mesma por dias consecutivos, mas sim oferecer diferentes sabores ao bebê para que ele conheça. É provável que ele não coma toda a fruta, ou mesmo não aceite, e saiba que isso é normal.
A partir da segunda semana, você pode começar a introduzir um pequeno almoço na rotina alimentar do bebê. Lembre-se de oferecer representantes dos seis grupos alimentares:
Você pode inserir uma pequena colher de sopa de cada um desses grupos, para iniciar, e depois aumentar para duas. Sempre sem sal, até que a criança complete um ano de vida. Conforme os dias passam, você vai perceber o progresso do bebê no processo de introdução alimentar complementar.
A orientação da Organização Mundial da Saúde – OMS e que eu também falo aos meus pacientes é para manter o leite materno até os dois anos de idade, no mínimo. Para as crianças que se alimentam de fórmula, o ideal é conversar sobre o assunto com o pediatra.
Entende-se que o alimento que você oferece, seja fruta ou qualquer outro, é correspondente a uma refeição. Mas, se o seu filho estiver sendo amamentado com o leite materno e quiser mamar após comer, não há problema. Você não precisa oferecer o peito, apenas se ele sinalizar o desejo e também se você puder.
A introdução alimentar complementar pode ser feita de forma gradativa, natural e tranquila. Espero que meu artigo ajude você e seu filho nessa fase tão importante do desenvolvimento dele.
Até a próxima!
Com amor.
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