Antes de tudo, é preciso que a família aprenda a respeitar essa fase das crianças, buscando informações de qualidade e sempre com o acompanhamento de um pediatra e também com um nutricionista materno-infantil.
Eu costumo atender no consultório crianças vegetarianas, e digo que é possível se alimentar sem prejuízos nutricionais, sem consumir carne, desde que saibamos fazer escolhas equilibradas.
Algumas crianças optam por reduzir o consumo da proteína animal, consumindo ovos, leites ou derivados de leite, mas ainda mantém na rotina esse grupo de alimentos fontes de proteína. Outras, preferem excluir os alimentos de origem animal, e é preciso ficar atento às fontes vegetais de proteínas, ferro, cálcico, zingo, ômega 3 e vitamina D.
Para garantir refeições equilibradas, quando não houver o consumo de proteína animal, minha sugestão é que no almoço e jantar, você divida o prato em três partes iguais, sendo 1/3 para cada grupo abaixo:
Feijão-carioca, feijão-preto, feijão-branco, feijão-moyashi, feijão-azuki, feijão-verde, lentilha, grão-de-bico, ervilha, soja não transgênica (É interessante deixar os grãos de molho por cerca de 12 a 24 horas antes de cozinhar para melhorar a digestibilidade), tofu.
Arroz, milho, batata inglesa, batata doce, quinoa, mandioca, cará, inhame, trigo (macarrão integral), aveia em grão, cevadinha, mandioquinha.
alho poró, alface, cenoura, beterrraba, abobrinha, chuchu, berinjela, cebola, pimentão, tomate, alcachofra, abóbora, pepino, couve, almeirão, agrião, salsão, acelga, rúcula, espinafre, chicória, escarola, repolho, brócolis, couve-flor
Após finalizar o prato, adicione cerca de 1 colher de sobremesa de azeite extra virgem e 1 colher de sobremesa de óleo de linhaça para aumentar o aporte lipídico e as fontes de ômega 3.
De sobremesa, você pode oferecer uma fruta cítrica, como a laranja, mexerica, acerola, etc. Elas vão ajudar no aumento da absorção do ferro dos alimentos ingeridos. Pingar gotinhas de limão na comida de vez em quando também é uma opção.
O importante é ficar sempre atento(a) ao desenvolvimento da criança e aos exames laboratoriais, que podem ser avaliados periodicamente junto do nutricionista e pediatra. ⠀
Em relação à suplementação, a criança que não consome carne ou consome muito pouco deve ser avaliada como as demais crianças e suplementada de acordo com a clínica e exames laboratoriais. Já a vitamina B12, que não é encontrada em alimentos vegetais, precisa necessariamente ser suplementada nas crianças vegetarianas, assim como em adultos vegetarianos.
Ok? Vai dar tudo certo! Para conferir receitinhas e outras dicas sobre nutrição materno-infantil, acompanhe também o meu Instagram clicando aqui.
Com amor,
Andreia Friques.
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