Nenhuma mãe está preparada para ver que seu bebê está na UTI neonatal.
A primeira sensação é a de que todos os planos foram paralisados, afinal, ela recebe alta e o bebê fica. Esse retorno para casa sem o filho nos braços é muito doloroso.
Infelizmente, nem sempre é possível ter alguma previsão em relação à alta do bebê.
Conheço muito bem a realidade da UTI Neonatal. Em primeiro lugar, porque fui enfermeira e trabalhei nesse ambiente por uma década.
Além disso, eu mesma fui uma mamãe de UTI neonatal, quando minha filha Marina nasceu e viveu em uma UTI durante 1 ano e 4 meses.
Isso me permitiu uma visão ampla sobre essa realidade dura, porém, que passa para todas as mães. Portanto, quero compartilhar algumas dicas provenientes da minha experiência na UTI neonatal.
Quando eu era enfermeira, convivia de perto com a ansiedade das mulheres por levar o bebê para casa o mais rápido possível.
Infelizmente, nem sempre temos como fazer previsões. Em uma UTI neonatal, 24 horas podem ser decisivas para o quadro do bebê. Sua saúde pode melhorar ou piorar repentinamente, ou, nada acontecer.
É muito importante compreender e aceitar cada dia como único. Quando a mãe sofre por antecipação em relação a cada novidade relacionada ao quadro do bebê, isso não traz nenhum benefício.
A melhor saída é acalmar o coração.
Apesar da situação da UTI, o bebê está vivo e provavelmente recebendo todos os cuidados possíveis e necessários. É muito difícil para uma equipe de UTI neonatal dar previsões sobre como o bebê estará no dia seguinte.
No entanto, o bebê na UTI é muito diferente de um adulto. Sua capacidade de melhora é muitas vezes maior, até pelo seu quadro. Em muitos casos, a situação não é gravíssima.
Caso sinta uma angústia muito grande, procure ajuda do serviço social e psicológico que costumam integrar as equipes de UTI neonatal.
Não significa que você não possa contar com ajuda e desabafar, porém, saiba que tudo que é possível está sendo feito.
Enquanto está na UTI neonatal, o bebê é assistido por uma equipe composta por todos os profissionais que precisam estar ali e servir à sua recuperação.
Geralmente, é composta por uma equipe de enfermagem e por um médico que passa em um mesmo horário diariamente para monitorar a saúde do bebê.
É importante que a família conheça essa equipe, deposite sua confiança e tenha uma boa comunicação. Saiba que horas o médico passa e esteja lá no momento. Também é essencial aproveitar para tirar dúvidas.
Diante de ver um filho a UTI, muitos pais e mães podem sentir uma enorme solidão.
Quando a minha filha Marina estava na UTI, não foi o meu vasto conhecimento nesse setor ou o quanto meu marido também sabia – afinal era médico de UTI – que eu me senti fortalecida. Foi pela minha fé.
Se o seu bebê não apresentou melhora e aparece o medo de voltar para casa e não encontrá-lo vivo quando voltar, entenda que Deus sempre dá importância ao seu sentimento, inclusive diante da dor.
Não se preocupe em orar e chorar. Contar com a ajuda divina é muito importante nessa hora.
Com certeza, ninguém deseja ver o seu filho a UTI. Porém, quando essa situação chega, não é hora de ficar abatida e para baixo.
Mesmo entendendo que pode se deparar com dificuldades no dia, recomendo que vá de cabeça erguida e coração tranquilo à UTI. Em especial porque o seu bebê precisa da sua mãe bem, mas sabe quem mais precisa? A própria mãe.
Caso sinta dificuldades, não hesite em pedir ajuda.
Ter amigos com quem contar é essencial. Nesse momento, peça e aceite ajuda sempre que for preciso e possível. O apoio das pessoas ao redor traz conforto e faz sentir mais forte.
Espero que minhas dicas sobre UTI neonatal possam ajudar mamães que estão passando por esse momento tão difícil.
Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para fazer sua inscrição em meu canal do YouTube.
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