A ansiedade infantil é uma velha conhecida de muitas famílias.
Infelizmente, com a situação de pandemia da Covid-19, ainda mais lares estão sofrendo com crianças ansiosas e, aqueles que já conheciam essa condição, parecem ter aprofundado.
Afinal, as crianças estão sem aulas. Com o convívio social muito cerceado. As aulas on-line também contribuíram para toda essa ansiedade. E, nesse meio tempo, o sono e a alimentação, que ditam o ciclo circadiano de todos nós, também acabou bagunçado.
Isso tudo trouxe consequências para a população em geral. No entanto, principalmente para as crianças que estão em fase de crescimento.
Quero traçar um paralelo importante entre ansiedade infantil e alimentação.
Muitas crianças já passavam por problemas com hiperatividade, depressão e ansiedade mesmo antes do cenário de pandemia que pode ter intensificado esses quadros.
Com a rotina diferente, sem brincar com os amigos e em meio às dificuldades que uma família pode passar em meio a uma pandemia, a criança tende a ficar mais ansiosa, mesmo que não tenha nenhum diagnóstico.
Afinal, em plena fase de crescimento e repletos de energia, muitos pequenos descontam essa frustração em hábitos como ficar acordados até tarde ou comer muitos alimentos que não são adequados.
Quando açúcares e carboidratos são consumidos em excesso pelas crianças, elas tem picos de insulina que dão muita energia em um primeiro momento, porém, logo cai, transformando-se em irritação, mau humor e ansiedade.
Diante dessas sensações, a criança busca mais açúcar para lidar com a ansiedade, entrando em um ciclo vicioso sem fim.
Além de todos os malefícios à sua saúde que o açúcar traz, piora a ansiedade e impede que ela desfrute de todos os benefícios que a comida de verdade oferece à sua saúde.
Sabemos que as emoções refletem diretamente no estilo de vida.
Assim, é muito importante que a família converse sobre esse estilo de vida.
No contexto da quarentena, uma reflexão sobre como estão os hábitos e a alimentação é essencial. Muitos lares já tinham uma rotina com alimentos mais saudáveis, porém, perderam ao longo das semanas e meses de pandemia.
Outros, ainda não tinham incorporado os hábitos saudáveis e talvez a alimentação tenha piorado.
Independente da questão, nunca é tarde para melhorar o estilo de vida e a alimentação.
Portanto, é essencial que a família converse abertamente sobre o assunto. Se existe alguém em casa diagnosticado com depressão, se alguém perdeu o emprego, ou qualquer outra situação que esteja acontecendo.
Ao mesmo tempo que dá oportunidade para a criança entender sobre o que ocorre em casa, ela pode expressar seus sentimentos e dar o seu ponto de vista para que a família também compreenda melhor.
Se a tendência é ficar mais em casa, é importante cuidar para que a comida feita todos os dias seja a mais natural possível.
Evite ter na geladeira e na dispensa muitas guloseimas, pois acabam atraindo os paladares infantis – e adultos, também, que devem dar o exemplo.
Com mais tempo em casa, esse é o momento para a família reunir-se em torno do preparo das refeições. A criança pode se envolver no preparo dos alimentos, conforme já expliquei neste artigo sobre crianças na cozinha.
Ela pode, também, ajudar a arrumar a mesa onde serão servidas as refeições saudáveis.
Criar um clima favorável pode ressignificar o momento de se alimentar.
No geral, caso exista uma dificuldade, a família pode estabelecer metas para a alimentação saudável. Seja uma faxina na dispensa, teste de uma nova receita ou permitir os doces somente aos finais de semana.
Em casos em que a família não consegue administrar a ansiedade infantil, lembre-se que o auxílio de um psicólogo sempre pode ser bem-vindo. O tratamento psicoterápico aliado ao estilo de vida saudável pode produzir efeitos muito positivos para as crianças.
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Espero ter esclarecido a relação entre ansiedade infantil e alimentação em tempos de pandemia.
Para saber mais, assista ao vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em meu canal do YouTube:
Com amor,
Andreia Friques
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