Crianças com TEA (transtorno do espectro do autismo) costumam apresentar maior seletividade alimentar. E isso pode ser um grande drama para os pais.
A seletividade impacta diretamente nos nutrientes ingeridos pela criança e poderá acarretar em carência nutricional, com inúmeros prejuízos no desenvolvimento.
A alimentação monótona e repetitiva é bem comum entre esses pacientes, não costumam aceitar uma alimentação variada.
Abaixo, explico mais sobre a seletividade alimentar em crianças com autismo, e como conseguir superar essa condição.
Seletividade alimentar
A seletividade alimentar é um problema bastante comum em crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA).
Muitas crianças que foram diagnosticadas com TEA têm dificuldades com rigidez e uma necessidade de repetição, e isso vale para suas preferências alimentares também.
Antes de iniciar uma intervenção de alimentação, é importante descartar quaisquer condições médicas subjacentes que podem estar perpetuando as dificuldades de alimentação da criança.
As preocupações médicas comuns incluem a doença do refluxo gastroesofágico, alergias ou intolerâncias alimentares.
Quaisquer problemas médicos devem ser tratados antes da implementação de um plano alimentar.
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Como tratar a seletividade alimentar
Ao tratar qualquer criança com seletividade alimentar, o primeiro passo é obter um histórico alimentar muito detalhado, a anamnese precisa ser muito bem feita.
Pergunte sobre as primeiras experiências da criança com o aleitamento materno ou com mamadeira, a transição para a introdução alimentar e quais foram as reações ao ter contato com as diferentes texturas e temperaturas.
Obtenha um diário de alimentação detalhado atualizado. Também é muito importante coletar informações sobre o ambiente em que a criança come.
Ele se senta à mesa da cozinha durante todas as refeições? Os horários das refeições são previsíveis e ocorrem em intervalos regulares programados e no mesmo horário todos os dias?
Como a comida é apresentada? Quanto tempo dura uma refeição típica? Quais são os comportamentos de recusa da criança? Quanto mais específicas forem as informações, melhor!
Vale lembrar que a nutrição deve ser personalizada, individualizada, cada ser humano deve ser enxergado como único, inclusive, sob o ponto de vista nutricional! Mas antes disso, devemos enxergar a criança e tudo que a envolve.
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Um passo de cada vez
Encontrar crianças dentro do espectro autista altamente seletivas é muito comum.
Mais do que a rejeição a sabores, esses pacientes contam com forte resistência a novas texturas dos alimentos. Por isso, introduzir novas opções pode ser um grande desafio.
Forçar a ingestão de alimentos, não é uma opção. No entanto, os novos alimentos devem ser apresentados de forma gentil e gradual.
Tenha paciência e persistência Busque uma rotina saudável para você e seu filho!
Espero que o tema da seletividade alimentar em crianças com autismo lhe seja útil. E para receber mais dicas e informações, se inscreva também em meu canal do Youtube!