A introdução alimentar complementar é um assunto que causa muitas dúvidas nas mamães. Quando começar? Quais os alimentos certos para este início? Se você está chegando perto do momento de oferecer os primeiros alimentos da vida do seu filho, continue a leitura deste artigo pois vai ajudá-los.
É normal que essa fase seja marcada por alguma insegurança para a mãe, afinal, será que o bebê vai aceitar os alimentos? E se ele engasgar? Portanto, minha primeira recomendação é que você fique tranquila. O seu filho vai comer, no ritmo dele e conforme você oferecer.
Vou ensinar como a introdução alimentar complementar pode ser um período maravilhoso de descobertas para o paladar em formação do seu bebê.
Introdução alimentar complementar: quando começar?
A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria e de muitas outras academias internacionais bastante respeitadas é que o bebê comece a provar os primeiros alimentos aos seis meses completos de vida.
Antes dos seis meses, é recomendável que o bebês se alimente exclusivamente do leite materno. Mas, mesmo para aqueles que por algum motivo usam a fórmula para complementar a nutrição ou mesmo se alimentam exclusivamente dessa fórmula, a indicação também é que comecem a provar os alimentos somente após os seis meses.
Caso você note no seu filho alguns sinais de maturidade em relação a alimentação, consulte um pediatra para confirmar se há necessidade da introdução alimentar complementar começar antes dos seis meses.
O objetivo desse processo é que o seu bebê esteja apto a se alimentar de maneira saudável até completar um ano de vida. Portanto, trata-se de um processo. Assim como a criança leva meses para aprender a andar, falar, ler, escrever, ela também precisa de um tempo para aprender a comer.
Assim, se o seu filho não aceita os alimentos de imediato, não há motivo para frustração. Conforme você apresenta os alimentos, o paladar vai acostumando e reconhecendo. Como deixo sempre muito claro, é um aprendizado.
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Quais alimentos oferecer?
Lembre-se que o objetivo é ensinar ao seu filho a comer saudável. Assim, sempre recomendo às mamães que comecem oferecendo frutas. Não peneire nem bata no liquidificador, apenas amasse e ofereça ao bebê. O período pode ser pela manhã, de preferência.
No dia seguinte, você pode trocar a fruta. Não é necessário oferecer a mesma por dias consecutivos, mas sim oferecer diferentes sabores ao bebê para que ele conheça. É provável que ele não coma toda a fruta, ou mesmo não aceite, e saiba que isso é normal.
A partir da segunda semana, você pode começar a introduzir um pequeno almoço na rotina alimentar do bebê. Lembre-se de oferecer representantes dos seis grupos alimentares:
- Carboidratos;
- Verduras e legumes;
- Frutas;
- Carnes, ovos e grãos;
- Lacticínios;
- Lipídios.
Você pode inserir uma pequena colher de sopa de cada um desses grupos, para iniciar, e depois aumentar para duas. Sempre sem sal, até que a criança complete um ano de vida. Conforme os dias passam, você vai perceber o progresso do bebê no processo de introdução alimentar complementar.
E a amamentação?
A orientação da Organização Mundial da Saúde – OMS e que eu também falo aos meus pacientes é para manter o leite materno até os dois anos de idade, no mínimo. Para as crianças que se alimentam de fórmula, o ideal é conversar sobre o assunto com o pediatra.
Entende-se que o alimento que você oferece, seja fruta ou qualquer outro, é correspondente a uma refeição. Mas, se o seu filho estiver sendo amamentado com o leite materno e quiser mamar após comer, não há problema. Você não precisa oferecer o peito, apenas se ele sinalizar o desejo e também se você puder.
A introdução alimentar complementar pode ser feita de forma gradativa, natural e tranquila. Espero que meu artigo ajude você e seu filho nessa fase tão importante do desenvolvimento dele.
Até a próxima!
Com amor.