You are currently viewing Alimentos alergênicos: introdução na fase correta pode prevenir alergias
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  • Post category:Bebês
  • Post last modified:17 de dezembro de 2021

Os alimentos alergênicos são sempre uma preocupação das mamães e papais na hora de oferecer aos seus bebês na introdução alimentar. Afinal, há o medo da tão temida reação alérgica.

No entanto, sabe-se que quando aproveitamos a famosa janela imunológica o sistema imune está mais  propício a aprender e parece estar menos reativo, ou seja, ele passa a reconhecer a proteínas presentes nos alimentos, não considerando como proteínas “estranhas ou perigosas”, sendo assim evitamos o desencadeador de processos alérgicos. Mas é claro que isso precisa ser um processo, para garantir a máxima segurança do bebê, evitando que ele venha a desenvolver uma alergia.

No artigo abaixo, trago mais informações de como fazer a introdução precoce de alimentos alergênicos em bebês. Confira!

É possível prevenir as alergias?

Estudos clínicos mostram que até 80% das alergias ao amendoim, ovo e leite podem ser evitadas. 

O estudo mais citado foi publicado no New England Journal of Medicine e mostrou que dar pequenas quantidades de amendoim para bebês com frequência e de forma contínua pode minimizar os efeitos da alergia.

De acordo com o estudo, das crianças que evitaram o amendoim, 17% desenvolveram alergia ao amendoim aos 5 anos de idade. 

Em contrapartida, apenas 3% das crianças que comeram  o amendoim desenvolveram alergia aos 5 anos. 

Portanto, em bebês de alto risco, o consumo sustentado de amendoim começando nos primeiros 11 meses de vida foi altamente eficaz na prevenção do desenvolvimento de alergia a amendoim.

Já outro estudo analisou a alergia ao ovo. E novamente ficou evidenciado que o consumo na fase adequada  é mais benéfico do que a introdução tardia como estratégia para prevenção primária da alergia alimentar.

E por fim, mais um estudo, intitulado “Age Differences in Food Reaction Severity During Oral Food Challenges in a Large Pediatric Population” (“Diferenças de idade na gravidade da reação alimentar durante desafios alimentares orais em uma grande população pediátrica”, confirma os estudos citados acima. 

Nele, fica claro que cada mês que você “atrasa” na introdução de alimentos alergênicos, os  riscos para as reações mais graves são aumentados quando comparamos com as crianças que tiveram o contato na fase mais propícia.  

Leia também::: Introdução alimentar e janela imunológica: como alimentar o bebê?

Devo dar alérgenos comuns ao meu bebê?

A resposta é sim. Os novos estudos mostram que devemos aproveitar o período em que o sistema imune está mais propício a reconhecer as proteínas presentes nos alimentos, sem reconhecê-la como algo ruim ou perigoso, vale ressaltar que os alimentos são as principais fontes de proteínas estranhas que o ser humano terá contato. 

Diante isso, os alimentos com potencial alergênicos devem sim fazer parte da introdução alimentar, sempre de forma orientada por um profissional capacitado, claro!

Mas se você tem um histórico de alergia alimentar na família, provavelmente terá muito medo de introduzir alérgenos comuns na dieta de seu bebê. 

A pesquisa, entretanto, sugere que mesmo assim os alimentos devem ser apresentados ainda no período da introdução alimentar. 

Eu sei e é super compreensível!  Mas de fato, a recomendação para evitarmos processos alérgicos é a introdução na fase adequada. 

Os bebês têm reações mais brandas e se beneficiam da exposição precoce para evitar o desenvolvimento de alergias.

Portanto, adiar a introdução desses alimentos pode, na verdade, colaborar para o desenvolvimento de alergias alimentares.

Leia também::: Probióticos podem prevenir alergias?

Tenha sempre acompanhamento

 O ideal é que a introdução alimentar seja feita preferencialmente com o acompanhamento de um nutricionista materno-infantil.

Desta forma terá o apoio profissional para que todo o processo transcorra da forma mais natural e sadia possível, garantindo o máximo de segurança ao bebê.

Além disso, o ideal é que a introdução de alimentos alergênicos seja feito um de cada vez, para que possam  ser observadas as possíveis reações, caso venham a ocorrer.

Se houver alguma resposta alérgica a determinado alimento, o mesmo deverá ser suspenso e a criança deverá ser avaliada por um profissional capacitado, e com isso será avaliado a possibilidade de reintrodução ou não, a fim de evitarmos complicações futuras mais sérias.

Porém, como fica claro no artigo, muitas das alergias alimentares podem ser evitadas nas crianças, principalmente quando os alimentos são oferecidos na fase adequada da introdução alimentar, que se inicia após os seis meses de idade.

Espero que o artigo seja útil às mamães e papais e, para mais dicas e muita informação, siga também meu canal no Youtube!