Estresse e aleitamento materno, infelizmente, costumam caminhar juntos. Em especial, nos primeiros dias de vida do bebê e entre mães de primeira viagem.
Eu, como mãe, passei pela amamentação em três experiências diferentes. Eu vivi muitas das angústias que hoje ouço de outras mães ao trazerem seus filhos para consultar comigo. Além disso, eu promovo o aleitamento materno há 17 anos como enfermeira em UTIs neo-natais e pediátricas e também como nutricionista infantil.
É com essa propriedade que afirmo o quanto o estresse prejudica o aleitamento materno. Por isso, se você está estressada com a nova rotina, sinta-se abraçada. Saiba que é normal, você não é a única a passar por essa situação e há caminhos para superá-la.
Vou explicar a relação nociva entre estresse e aleitamento materno e algumas dicas para passar por essa fase de maneira tranquila.
Estresse e aleitamento materno: impactos
As mudanças de rotina em geral aumentam o estresse da mãe. Em meio às angústias sobre a nova dinâmica da casa, a maternidade, o bebê e até a amamentação, o organismo produz mais adrenalina. Essa adrenalina ocasiona na diminuição da prolactina, que é um dos hormônios responsáveis pela produção do leite materno.
É por isso que, muitas vezes, o leite diminui. Quanto mais estressada está a mãe, ao pensar que o leite é fraco e não está sendo suficiente para alimentar o bebê, maiores as chances de enfrentar dificuldades nesse momento.
Em alguns casos, a amamentação é impactada pelo estresse e pela baixa produção do leite. Em outras, o próprio bebê tem dificuldades em sugar o leite. Por isso, além das dicas que vou dar a seguir para lidar com o estresse e aleitamento materno, recomendo o artigo: Dicas práticas para amamentação.
Como diminuir o estresse?
Você já deve ter ouvido um antigo provérbio que diz: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”. Portanto, não é de hoje que uma rede de apoio faz toda a diferença desde os primeiros dias de vida do bebê.
Fale com seu marido, seus amigos e outras pessoas da sua família sobre o seu desejo de amamentar. Construir essa rede é fundamental para que você tenha momentos de tranquilidade tão necessários ao seu próprio bem-estar, além de proporcionar a produção do leite materno.
Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de força. Aos poucos, a rotina encaixa, as dificuldades passam e você ganha confiança para passar pelos tantos outros obstáculos da maternidade. Eu tenho certeza que você consegue e que vai ser muito mais forte depois de passar por essa fase.
Coloque a saúde do seu filho em primeiro lugar. Cuide sempre de si mesma, somente assim você vai garantir as condições físicas e emocionais necessárias para cuidar do bebê e curtir cada momento com ele.
Espero que meu artigo tenha ajudado você a entender a relação prejudicial entre estresse e aleitamento materno. Desejo que cada momento de amamentação seja tranquilo e cheio de amor.
Com amor,