Sem dúvidas a alimentação complementar é um assunto que gera algumas incertezas para os papais e mamães.
É normal não saber quais alimentos podemos introduzir na alimentação do bebê, o que oferecer, como preparar e quais quantidades oferecer, porém, há maneiras muito nutritivas de conduzir este processo que é tão significativo para o crescimento da criança.
Separei aqui algumas dicas para elucidar as dúvidas frequentes que surgem neste momento de transição alimentar:
Quando começar a alimentação complementar?
Quando o bebê completa 6 meses de idade, seu corpo já apresenta um desenvolvimento psicomotor que pode sustentar seu pescoço e também o sentar. Neste momento, o bebê já pode começar a mastigar alimentos.
Além disso, seu sistema digestivo já está mais maduro e o ph do estômago mais adequado. Ele já leva alimentos à boca e demonstra maior interesse na alimentação.
Normalmente indico que se ofereça somente um tipo de fruta por vez. Assim, é possível observar a aceitação sobre um alimento e verificar as possíveis reações adversas que ele pode proporcionar.
O exemplo na prática.
Na primeira semana é interessante iniciar com frutas amassadinhas pela manhã, mantendo a indicação de uma por semana, para observar as reações do bebê.
Banana amassada no garfo, maçã raspadinha e mamão papaya raspadinho são alguns exemplos de um bom café da manhã.
Na segunda semana, você pode incluir outra fruta à tarde. Na terceira semana, você já pode, além de frutas, oferecer papinha no horário do almoço. Na quarta semana, papinha também no jantar.
Essa etapa necessita muita calma e observação.
Aos poucos, a alimentação vai ganhando espaço e novos sabores serão descobertos. Não podemos esquecer que a introdução da alimentação complementar é uma grande mudança na vida do bebê!
O bebê tem seu próprio tempo
É Importante saber que o bebê tem o seu próprio relógio biológico. Ou seja, às vezes o horário do almoço da família não será o mesmo que ele sentirá fome.
É preciso que haja flexibilidade com a alimentação no início, respeitando o corpo da criança. Assim, a hora de comer será sempre relacionada com conforto e não com sofrimento.
Incentivo é tudo!
A rotina é uma corrida contra o tempo, mas tente priorizar e se disponibilizar para a troca da alimentação do bebê. Palavras de incentivo podem ajudar a tornar este momento mais prazeroso, pois o pequeno absorve e assimila tudo que acontece!
Respeite sua individualidade. Às vezes determinados alimentos serão aceitos com o tempo, ou com outro tipo de preparo. Não opte por traumatizar a criança, forçando por algo que ela não quer no momento.
Porém, também não é aconselhável oferecer apenas o que ela aceita com naturalidade. Tente dar o mesmo alimento 10 a 15 vezes, para acostumar o paladar.
Independentemente do método alimentar aplicado, é preciso ter em mente que cada criança carrega suas particularidades. Algumas com 9 meses de idade realizarão refeições de 1 a 2 vezes no dia. Já outras, apenas 4 vezes por dia.
Não faça comparações entre as crianças e lembre-se: cada ser é um universo completamente diferente.
A melhor maneira para fluir o momento da alimentação complementar, então, é respeitando o seu tempo e do bebê, buscando conhecimento sobre os alimentos e desfrutar dessa etapa com tranquilidade, sem pressionar qualquer mudança.
Importante!
– Treine a mastigação do pequeno. Evite alimentos líquidos ou peneirados para que estimule os dentinhos
– Não ofereça alimentos temperados, sal ou açúcar demais. Como o paladar é basicamente novo, ainda não possui vícios alimentares e pode aprender desde cedo a ingerir com cautela os temperos. Você pode ler mais sobre isso aqui e aqui.
– O ovo é um bom alimento e indicado desde que a criança não possua alergia.
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Até a próxima!
Andréia Friques